Porsche quer manter ritmo de expansão
A Porsche chega aos 60 anos com razões para comemorar. Fundada em Stuttgart, na Alemanha, em 1948, a empresa era somente um negócio familiar. Hoje é uma referência em carros esportivos no mundo todo e um conglomerado de respeito no mundo corporativo. A empresa representa atualmente a montadora de maior lucratividade do mundo e, em 2007, deixou de ser apenas uma coadjuvante dentro do grupo Volkswagen para se tornar a acionista majoritária da montadora: a participação passou de 31% para 51%.
A idéia de se montar uma empresa automotiva veio de Ferry Porsche -- filho do engenheiro Ferdinand Porsche, criador do Volkswagen original, o Fusca. Como Ferry não encontrava o carro dos seus sonhos, resolveu produzi-lo. Em 8 de junho de 1948, o primeiro carro-conceito da Porsche, chamado 356 n° 1, foi homologado para uso nas estradas. Dois anos mais tarde foram produzidas em série as primeiras unidades do modelo. A continuação da história ficou por conta do 911, lançado em 1964, que se tornou ícone da marca, com seu motor traseiro de seis cilindros. Primeiramente, o cupê era chamado 901, mas teve seu nome trocado devido a direitos comerciais da francesa Peugeot -- que já utilizava o número zero no meio para batizar seus carros. Mesmo com a mudança, o modelo ficou para a história, gerando mais tarde outras versões: em 1967, o 911 Targa, em 1974, o 911 Turbo, em 1988, o 911 Carrera. Tantas gerações e modelos serviram para que a Porsche se mantivesse no topo entre as montadoras de esportivos, sempre com novos designs e tecnologias.No Brasil, a Porsche chegou no início de 1968. O primeiro lote importado veio com cinco unidades do modelo 912E, versão criada especialmente para o mercado brasileiro. Com carroceria do 911, o 912E tinha acabamento mais simples e motor de 1.6 litro herdado do famoso 356. A representação atual da montadora é a Stuttgart Sportcar, sediada em São Paulo, que chegou por aqui em 1997.A Porsche teve altos e baixos. Foram sucessivas crises econômicas e, em 1993, quando estava no fundo do poço, lançou o Boxster, que, sem exageros, a tirou do sufoco. O cabriolet superou a expectativa de vendas, já que se tratava de um esportivo com custo mais acessível. Com o lançamento, a Porsche percebeu que expandir seu mercado seria útil para faturar e a partir daí não saiu mais da liderança.Nessa estratégia, surgiram o 911 Targa e, recentemente, o utilitário esportivo Cayenne, que compartilha a mesma plataforma com Volkswagen Touareg e Audi Q7. O SUV, aliás, não foi muito bem digerido pelos fanáticos por carros esportivos. Até então, a Porsche só havia produzido cupês e cabriolets, e a entrada do Cayenne provocou protestos entre os puristas da marca.Ultimamente, a Porsche se rendeu à onda politicamente correta de veículos menos agressivos ao meio ambiente. Em 1995, o 911 Turbo já se destacou como veículo com baixa emissão de CO2. Desta vez, a meta é reduzir em 20% o consumo médio de combustível de seus veículos até 2012, através de novas tecnologias e planos de produção de dois modelos híbridos do Cayenne e do Panamera, o primeiro cupê de quatro portas da marca que estará no Salão de Paris, em outubro.No mercado brasileiro, a Porsche conta com cinco veículos: 911, Boxster, Cayman, GT3 e Cayenne. Com os números de venda crescentes de 2002 para cá, a Porsche espera repetir os bons resultados de 2007, quando alcançou 101.844 veículos vendidos no mundo todo e faturou quase oito bilhões de euros, aproximadamente R$ 20 bilhões. Número que cresce tão rápido quanto rodam os bólidos da Porsche.

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